São palavras ao acaso numa espécie de
prosa gasta. Na corda bamba, no equilíbrio do simples ao indefinível, as
imagens sensitivas se abrem em dilúvios. São digitais também as imagens da água
e do fogo que engravidam a lua enquanto a tua epiderme lisa, numa interrogação
muda, clama, tão perto e tão dentro de mim, o tempo inquieto, a lágrima
pendular, a última golfada. Esgares, suplícios, angústias, sem auroras que
despontem para um promissor amanhecer, me inquietam; seus estilhaços maculam a
palavra poética e às apalpadelas amarfanho o papel em curto e rápido
desassossego, diante do horizonte fechado em cinza, delineado pelas palavras
que proíbem sutis farpas do frescor do sol.
(José Carlos Sant Anna)
(José Carlos Sant Anna)
Porque há palavras assim... que precisam serem ditas sem qualquer poesia, mas eu entendo o poeta, que é poeta mesmo, assim o vejo, achar que qualquer coisa escrita, deva servir somente a poesia, pois ela é o objetivo maior.:)
ResponderExcluirBeijo.
Boa tarde Jose Carlos.
ResponderExcluirLembrei-me de você e vim da um aló rsrs. Uma feliz semana. Beijos.
Por aqui, são sempre palavras a estrear que nos levam em viagens alucinadas...quem sabe ... alucinantes!?
ResponderExcluirPerdida, mergulhei e afoguei-me no teu mar de sentidos apenas palpados no sabor das letras.
És um grande escritor, Sant' Anna !
Beijinhos sem 'cena'.
Olhar perdido nas criações da nuvens, pensamentos brotando das mãos do passado, nostalgia por tudo o que se foi e bronca de um futuro impotente que nada oferece... Enfim, são lembranças parindo belas e arquitetadas palavras...
ResponderExcluirEntão, José Carlos, receba o meu abraço...
É tão mágico quanto interessante te ler e ler as pessoas tentando decifrar a sutileza dos seus pensamentos.
ResponderExcluirTento sentir; explicar não me seria possível. Vc é ótimo!
Tenha um lindíssimo dia.
Beijos