Em vão, tento
e sou levado por uma fome antiga,
a abrir o alçapão da febre
gritando sem boca à gente sem pão
e como se eu vivesse só comigo
na poesia
de Adília Lopes.
Depois de uma voraz mordida
Margarida,
– que
o vento me trouxe –,
econômica em matéria de pano, é óbvio,
– já que eu sei do resto –,
– já que eu sei do resto –,
e, sem rasurar a paisagem,
à cesta de pães
e pisco os olhos para Maria que,
me escreve um epigrama.
(José Carlos Sant Anna)
Acho que a margarida (a flor) parece uma minissaia.
ResponderExcluir=)
disfarças muito bem, Poeta.
ResponderExcluirmas saíste do poema com um nó do estômago.
como eu fico depois daquela "minissaia económica de pouco pano" - sabe-se lá se não terá custado o resto das pernas de Margarida.
fraternal abraço, José Carlos.
Caro José Carlos, o seu ótimo poema, lido em voz baixa, como li, adquire um realce especial ao som da música de Bach, embora dela não necessitasse. Parabéns, amigo.
ResponderExcluirGrande abraço.
Que o epigrama seja engenhoso como o seu poema com aquela 'voraz mordida num croissant de queijo'_deu-me fome. rs
ResponderExcluirSempre muito bom seus poemas JC
abraço grande
Fabuloso poema, meu amigo, do melhor que já li pelos blogues (e nunca faz por menos...).
ResponderExcluirParabéns pelo talento poético que as suas palavras revelam.
José Carlos, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Outra pérola, sutil apesar da voracidade, requintado apesar da minissaia revelando as pernas de Margarida, assim são seus poemas, uma riqueza que enriquece quem lê.
ResponderExcluirAdorando nosso contato, passo para desejar um fim de semana repleto de alegrias.
Deixo beijos
Cores e flores
ResponderExcluirSons e sabores
Poesia é para poetas
E, palavras, só para escritores.
Um abraço José Carlos
Até mais ler...
Muito bom, José Carlos, e lido ao som de Bach valoriza ainda mais!
ResponderExcluirComo os poetas 'transpiram', erram os que pensam ser só 'inspiração'...
bjs!
Excelente poema, amigo! Eu fiquei curiosa com o epigrama da Maria...
ResponderExcluirBach é sempre tão bom de escutar...
Boa semana.
Beijos.
um poema muito original...onde a fome ganha outra dimensão, e se a saia da Margarida é curta assim será também o epigrama da Maria...
ResponderExcluirboa semana.
:)
Todas as mini-saias são económicas... e ainda assim... todas revelam abundância... :-D
ResponderExcluirTambém eu fico curiosa, em relação ao epigrama da Maria...
Adoro os seus poemas, José Carlos... têm sabores, cheiros e cores, e sempre um mar de emoções, realmente...
Um grande abraço!
Ana
Bach enquadra muito bem estas belas palavras...
ResponderExcluirAbraço e bom fim de semana
Caro José Carlos,
ResponderExcluirO título é tão belo (tu sabes aprecio um título...) e
me leva a imaginar como um caminho com uma pista com
cinzas (marcas) azuis (infinito...)...
O poema tão enigmático como o infinito, a desenhar
sentires, desejos nesta tua voz poética de desnudar
as palavras em sua própria nudez natural sedutora e
neste caminhar das palavras com a imagética, a tua
poética nos coloca no sentir interrogativo
tão cativante e único!...
nossa, a música é de um bom gosto sempre!
Quero te dizer que valorizo e é para mim,
indispensável os teus comentários tão ricos,
belos e profundos na contribuição do meu
aprendizado com o ato de escrever e te aguardo
no teu tempo, imagino e compreendo uma agenda
administrar horários e por isso nos passos
da nossa disponibilidade a esta partilha entre
blogs, pois aprecio com a minha leitura atenciosa
aqui e registrar o meu sentir sobre a tua literatura.
Grata pela partilha aqui e a tua partilha lá no
meu espaço.
Abraço afetuoso!