segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
Ao pé do ouvido
Como um pássaro voando, voando, que chega subitamente, o tempo não dá mostras de limpar. Ou mesmo como um girassol que floresce no escuro. Nunca pareceu bom, sempre pareceu mau! Só apreensão pelo tanto
(José Carlos Sant Anna)
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Águas fundas
Ah! se eu pudesse vê-la no veleiro embarcado no primeiro vento gélido, relíquia de Fevereiro, sem
fechar os olhos para o alerta a desmoronar meu silêncio na eternidade do
instante para que o amor ferido não se acabe, embora nunca a pensasse perdida, porque sempre a esperara, numa florida nudez de sortilégios.
(José Carlos Sant Anna)
(José Carlos Sant Anna)
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Passadiço
à comunidade de Brumadinho
A meio-pau.
A meio-pau.
Oscilante a bandeira,
o fundo não se oculta no
ar que se dissipa
depois que nossos ossos
foram drenados
e o relógio começou a dar
suas batidas
ecoando no espaço vazio
as lembranças de uma época
que não voltaria mais.
Restamos na mais funda
medula da terra
e nos indícios tênues das
ramagens em dispersão
e no silêncio que nos
persegue a céu aberto
com os corpos a se desintegrarem.
Só posso dizer isso agora
depois do rastro na terra.
Estivemos lá, sentimos na carne a hecatombe,
rabiscada pela sombra entre nós, contudo,
foi ela que nos abandonou
rabiscada pela sombra entre nós, contudo,
foi ela que nos abandonou
mas ainda voltaremos ao
convívio das flores?
(José Carlos Sant Anna)
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