Permanecem as palavras. Ou quase.
Na véspera do Ano Novo, ela me escreveu
um texto. Lúcido. Simétrico. E curto.
O texto me fez pensar em fotogramas.
Era tão enxuto que me levou ao velho Graça,
o comuna de Palmeira dos Índios, aquele
que deu uma leve dor de cabeça à elite
brasileira e aos militares. Soberbo escritor.
O texto é um filme em preto e branco.
Ao olhar cada fotograma contra a luz, penso
na história que o texto insinua entre dois
oceanos. Mas não há fotogramas, penso ainda;
há, sim, é o que o texto me diz. E penso também
em Caetano Veloso. O Caetano de Chuva,
suor e cerveja, sem a carnavalização, quando
ela acentua: “Obrigado, por ser e estar.
Não me soltes. Não me percas”. Não penso
em camuflagem depois dessa luz entrando
pela janela da sala e sorrio com este claro
canto de aurora no riacho do ano novo..
(José Carlos Sant Anna)
Gostei de ler e de ouvir o video.
ResponderExcluir.
Votos de um Ano Novo feliz
Cumprimentos.
Bellas letras amigo. Te deseo lo mejor en este 2021. Saludos.
ResponderExcluirHá pessoas assim. Que enchem de luz as noites e as madrugadas e fazem com que as palavras permaneçam.
ResponderExcluirUm Ano 2021 como você deseja, meu Amigo José Carlos.
Um beijo.
Beleza de texto, José Carlos!
ResponderExcluirO vídeo é lindo, não escutava essa bela música há tempos...
Novamente, desejo um ano de muita saúde e esperança, a você e sua família! Vejo uma luzinha no fim do túnel, tomara que eu esteja certa professor! rs
Beijo, avante!
Professor de Literatura, escritor e poeta José Carlos Santana, gostei muito dessa postagem criativa, que como tantas outras, enaltece esse Espaço Cultural. Parabéns, caro amigo!
ResponderExcluirMeus votos de um Ano Novo com muita saúde e alegria.
Grande abraço.
JCarlos
ResponderExcluirli e reli, que beleza de texto você nos brinda em início de Ano Novo.
que este seja menos doloroso do que o Ano que acabou.
Beijinhos
:)
Parece, entonces, que debieras no soltarla, no perderla...
ResponderExcluirSi supiera cantar, te cantaría esta canción. Y alguna más.
Vine varias veces y varias veces leí este texto, que siento tan íntimo que no sabía qué decir.
Gracias por tanto. Tú sabes.
Beijos, muitos
Gostei muito de ler. Que o ano de 2021 lhe traga muita alegria, SAUDE, prosperidade.
ResponderExcluir.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Cumprimentos poéticos
O novo ano não está nada fácil, amigo.
ResponderExcluirPotugal totalmente confinado -- a partir de hoje -- tenta evitar o devastamento pela nova estirpe do SARS Covid...
Tive pena de não encontrar o artigo sobre as palafitas... De tirar o fôlego!! E diz-se que a escravatura terminou no mundo...
Tenho uma pequena homenagem ao Brasil no 'Vivenciando' e um poema sobre mim no 'Refúgio'... Talvez goste de apreciar...
Dias de valentia na nobre resistência ao desespero...
Abraço da minha melhor cordialidade.
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Acho que a chuva 'ajuda a gente se ver'
ResponderExcluirsó que não chove_ lá fora é um sol severo tal qual o momento.
... e seguindo a música _'seja O que Deus quiser'.
abraço
Li várias vezes.
ResponderExcluirApetece permanecer. Apetece ser "canto de aurora no riacho do ano novo.."
Bom Ano!
Beijo.
Até ser dia
ResponderExcluirna boca das sementes
Abraço
Un placer leerte bontas letras. Un abrazo
ResponderExcluirAlgo que esta pandemia nos obrigou, foi de facto a estarmos... ao encararmos um novo conceito de tempo, habituados que estávamos a correr por qualquer coisa... e a sermos confrontados com a possibilidade de que, a qualquer momento, algum dos nossos, poder deixar de o ser... por não mais poder estar...
ResponderExcluirEste tem sido mesmo um tempo de separação do trigo do joio... para o melhor e para o pior... entre laços e nós...
Adorei o texto... que tanto enfatizou, como poucas palavras, podem chegar fundo... e fazer mudar vidas...
Peço desculpa de só agora ter chegado aqui, Jose Carlos... mas o Janeiro, aqui em Portugal... foi o mais terrível de que há memória, com a pandemia em alta, como jamais se imaginasse que poderia ter tal escalada e repercurssão, como resultado de um Natal... mais aliviado... mas que tendo proporcionado alegrias, por tal... foi também o último de muita gente... e eu mergulhei directo, ainda mais, em todas as medidas de prevenção caseiras, e mais algumas... até hoje... mas tenho conseguido, tanto quanto me é possível, manter a minha mãe... longe de ir aprender lições de vôo e de harpa, antes de tempo...
Um beijinho! Vamos tentar dar o benefício da dúvida a este 2021, que não tendo começado nada bem... com a vacinação em curso... talvez ainda se nos possa mostrar um pouco mais animador, e promissor...
Saúde para si e todos os seus, José Carlos! E votos de tudo a correr pelo melhor, por aí!...
Ana